domingo, 30 de setembro de 2007

O Povo de Deus, a Terra de Israel, e a Imparcialidade do Evangelho

Resolvi postar o texto abaixo, após uma aula da escola dominical, onde alguns irmãos declararam acreditar que Israel ainda é o povo de Deus, compartilhando das promessas messiânicas com a Igreja do Senhor Jesus.

Infelizmente, por uma má interpretação bíblica de alguns e por interesses escusos de outros (em especial, daqueles que defendem a política externa norte-americana), essa e outras doutrinas teológicas vêm se enraizando no seio evangélico, contaminando, até mesmo, muitos calvinistas. Aceitar essa doutrina incorre, dentre outras coisas, nos seguintes erros:

· banalizar o evangelho da graça, anulando o valor da morte vicária de Jesus ocorrida em favor daqueles que o aceitam como Senhor e Salvador de suas vidas; e

· acreditar que Deus foi “pego de surpresa” pela recusa dos judeus ao seu plano de salvação, colocando, conseqüentemente, em ação seu “plano B”, estendendo aos gentios a graça da salvação.

Graças a Deus, existem muitos irmãos, como os que subscreveram o texto a seguir, que, baseados unicamente no Evangelho, têm se interessado em discutir essa heresia e buscado provar biblicamente a sua errância.

Soli Deo Gloria

Nelson Calmon


Uma Carta Aberta aos Evangélicos e a Outros Partidos Interessados:
O Povo de Deus, a Terra de Israel, e a Imparcialidade do Evangelho

Recentemente, alguns líderes da comunidade protestante dos Estados Unidos têm encorajado o endosso de compromissos políticos unilaterais e de longo prazo para o povo e terra de Israel no conflito Israelense-Palestino, citando as Sagradas Escrituras como a base para aqueles compromissos. Para fortalecer este endosso, vários destes líderes também têm falado em nome de setenta milhões de pessoas que constituem a comunidade evangélica americana.

É bom e necessário que os líderes evangélicos expressem-se sobre os grandes assuntos morais de nossos dias, em obediência ao chamado de Cristo para os Seus discípulos serem o sal e luz neste mundo.[1] É bem diferente, porém, quando líderes reivindicam compromissos que são baseados em uma grave má interpretação das Sagradas Escrituras. Em tais circunstâncias, é bom e necessário que outros lideres evangélicos também se expressem. Estamos aqui na esperança de poder contribuir com a causa do Senhor Jesus, aparte de Quem não pode haver verdadeira e duradoura paz no mundo.[2]

No cerne dos compromissos políticos em questão estão duas propostas fatalmente deficientes. Primeira: alguns estão ensinando que o suposto favor de Deus para com Israel, hoje, se baseia mais na sua descendência étnica do que na graça de Cristo somente, como proclamada no Evangelho. Segunda: outros ensinam que as promessas da Bíblia concernentes à terra são cumpridas em uma especial região política, ou “Terra Santa”, perpetuamente separada por Deus para somente um grupo étnico. Como resultado destas falsas reivindicações, grandes segmentos da comunidade evangélica, nossos compatriotas e nosso governo estão sendo enganados com respeito aos ensinamentos da Bíblia relativos ao povo de Deus, a terra de Israel e a imparcialidade do Evangelho.

A seguir, gostaríamos de afirmar publicamente nossas convicções. Nós também reconhecemos a genuína fé evangélica de muitos que não concordam conosco. Sabendo que nós podemos cair no desfavor deles, todavia somos constrangidos pelas Escrituras e pela consciência em afirmar as seguintes proposições para a causa de Cristo e da verdade.

  1. O Evangelho oferece vida no céu para os judeus e gentios igualmente como um dom gratuito em Jesus Cristo.[3] A vida eterna no céu não é adquirida ou merecida, nem é baseada em descendência étnica ou nascimento natural.[4]

  1. Todos os seres humanos, judeus e gentios, são igualmente, pecadores,[5] e, como tais, estão sob o julgamento de morte de Deus.[6] Porque o padrão de Deus é a perfeita obediência e todos somos pecadores, é impossível alguém ganhar paz temporária ou vida eterna por seus próprios esforços. Além disto, aparte de Cristo, não há nenhum favor especial divino para qualquer membro de qualquer grupo étnico; nem, aparte de Cristo, há qualquer promessa divina de uma pátria terrestre ou uma herança celestial para qualquer um, seja judeu ou gentio.[7] Ensinar ou inferir de outra forma é nada menos do que desacreditar o próprio Evangelho.

  1. Deus, o Criador da humanidade, é misericordioso e não tem prazer em castigar os pecadores.[8] Todavia, Deus é também santo e justo e deve punir o pecado.[9] Portanto, para satisfazer tanto a Sua justiça como Sua misericórdia, Deus designou um único caminho de salvação para todos, seja judeu ou gentio, em Jesus Cristo somente.[10]\

IV. Jesus Cristo, que é totalmente Deus e totalmente homem,[11] veio a este mundo para salvar pecadores.[12] Em sua morte na cruz, Jesus foi o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo, igualmente de judeus e gentios. A morte de Jesus cumpriu para sempre e terminou eternamente os sacrifícios do templo judeu.[13] Todos que desejam adorar a Deus, sejam judeus ou gentios, devem agora vir a Ele em Espírito e em verdade através de Jesus Cristo somente. A adoração a Deus não é mais identificada com qualquer santuário terreno específico. Ele recebe adoração somente através de Jesus Cristo, o eterno e celestial Templo.[14]

  1. A todos quanto receberem e descansarem sob Cristo somente, através da fé somente, a judeus e gentios igualmente, Deus dá a vida eterna em sua herança celestial.[15]

  1. As promessas da herança que Deus deu a Abraão foram feitas eficazes através de Cristo, a Verdadeira Semente de Abraão.[16] Estas promessas não foram e não podem ser feitas eficazes através de um ser humano pecador, guardando a lei de Deus.[17] Antes, a promessa de uma herança é feita àqueles que tem fé em Jesus, o Verdadeiro Herdeiro de Abraão. Todos benefícios espirituais são derivados de Jesus, e, aparte dEle, não há nenhuma participação nas promessas.[18] Visto que Jesus Cristo é o Mediador da Aliança Abraâmica, todos os que O abençoarem, e a Seu povo, serão abençoados de Deus, e todos que O amaldiçoarem, e a Seu povo, serão amaldiçoados de Deus.[19] Estas promessas não se aplicam à algum grupo étnico particular,[20] mas à Igreja de Jesus Cristo, o verdadeiro Israel.[21] O povo de Deus, seja a igreja de Israel no deserto, no Antigo Testamento,[22] ou o Israel de Deus entre os gentios de Gálatas, no Novo Testamento,[23] são um corpo que através de Jesus receberão a promessa da cidade celestial, a eterna Sião.[24] Esta herança celestial tem sido a expectativa do povo de Deus em todas as épocas.[25]

  1. Jesus ensinou que Sua ressurreição foi o levantar do Verdadeiro Templo de Israel.[26] Ele substituiu o sacerdócio, sacrifícios e o santuário de Israel satisfazendo-lhes em Seu próprio glorioso ministério sacerdotal e oferecendo, de uma vez por todas, Seu sacrifício pelo mundo, isto é, tanto pelo judeu como pelo gentio.[27] Os crentes de todas as nações estão agora sendo construídos através dEle neste Terceiro Templo,[28] a igreja que Jesus prometeu construir.[29]

  1. Simão Pedro falou da segunda vinda do Senhor Jesus em conexão com o julgamento final e com o castigo dos pecadores.[30] De forma instrutiva, este mesmo Simão Pedro, o Apóstolo da circuncisão,[31] não diz nada sobre a restauração do reino a Israel na terra da Palestina.[32] Ao contrário, como seus leitores contemplavam a promessa da segunda vinda de Jesus, ele fixou a esperança deles nos novos céus e nova terra, nos quais habita a justiça.[33]

  1. O direito de qualquer grupo étnico ou religioso sob o território no Oriente Médio chamado de “Terra Santa” não pode ser apoiado pelas Escrituras. Na realidade, as promessas da terra específicas a Israel no Antigo Testamento foram cumpridas em Josué.[34] O Novo Testamento fala clara e profeticamente sobre a destruição do segundo templo em 70 d.C.[35] Nenhum escritor do Novo Testamento prevê um novo ajuntamento étnico de Israel na terra, como fizeram os profetas do Antigo Testamento depois da destruição do primeiro templo em 586 a.C.[36] Ademais, as promessas de terra na Antiga Aliança são consiste e deliberadamente expandidas no Novo Testamento para mostrar o universal domínio de Jesus,[37] que reina dos céus sob o trono de Davi, convidando todas as nações através do Evangelho da graça à participarem de Seu eterno e universal domínio.[38]

  1. Uma teologia cristã deficiente com respeito à “Terra Santa” contribuiu para a trágica crueldade das cruzadas na Idade Média. Lamentavelmente, esta teologia cristã deficiente está, hoje, atribuindo ao Israel secular um divino mandato para conquistar e tomar posse da Palestina, com a conseqüência de que o povo palestino é marginalizado e considerado como “cananitas” virtuais.[39] Esta doutrina é tanto contrária ao ensino do Novo Testamento como uma violação ao mandato do Evangelho.[40] Em adição, esta teologia coloca aqueles cristãos que encorajam o violento ataque e ocupação da terra palestina em risco moral de culpa no derramamento do sangue palestino. Como cristãos não somos chamados à orar e trabalhar pela paz, alertando ambas as partes deste conflito que aqueles que vivem pela espada morrerão pela espada?[41] Somente o Evangelho de Jesus Cristo pode trazer tanto a reconciliação temporal como a esperança de uma herança eterna e celestial aos israelitas e palestinos. Somente através de Jesus Cristo alguém pode conhecer paz na terra.

O prometido reino messiânico de Jesus Cristo tem sido inaugurado. Seu advento marca o ponto focal da história humana. O reino do Messias continua na realização de sua plenitude na medida em que judeus e gentios crentes são adicionados à comunidade dos redimidos em cada geração. O mesmo reino será manifestado em sua forma final e eterna com o retorno de Cristo, o Rei, em toda Sua glória.

De todas as nações, o povo judeu executou o papel primário na vinda do reino messiânico. As Escrituras neotestamentárias declaram que à eles foi dado os oráculos de Deus,[42] a adoção, a glória, os pactos, a promulgação da lei, o culto e as promessas.[43] Deles foram os pais, Abraão, Isaque e Jacó, e deles, segundo a carne, veio Cristo.[44] A salvação é, deveras, dos judeus.[45] Enquanto afirmando os ensinos das Escrituras que não há salvação fora de Cristo, os cristãos podem reconhecer com sincera dor e tristeza a freqüente opressão feita aos judeus na história, algumas vezes feitas em nome da cruz.

Mas o que faremos com a incredulidade de Israel? Tem a incredulidade deles feito a fidelidade de Deus sem efeito a eles?[46] Não, Deus não rejeitou completamente o povo de Israel,[47] e nós nos unimos ao apóstolo Paulo em sua sincera oração para a salvação de seus parentes israelitas segundo a carne.[48] Sempre tem havido e sempre haverá um remanescente que será salvo.[49] Embora nem todo o Israel experimentará a benção da participação no reino messiânico,[50] todavia, os judeus que chegam à fé em Cristo participarão de Seu reino durante toda esta presente era e durante toda a eternidade. Além disso, não é como se a rejeição de alguns em Israel, por causa da incredulidade, não sirva para nenhum propósito. Pelo contrário, porque eles foram quebrados em sua incredulidade, o Evangelho veio aos gentios, os quais, agora, através da fé, participam das bênçãos aos pais e se unem com os crentes judeus para constituir o verdadeiro Israel de Deus, a igreja de Jesus Cristo.[51]

O presente estado secular de Israel, contudo, não é uma realização autêntica ou profética do reino messiânico de Jesus Cristo. Além do mais, não deveria ser antecipado o dia no qual o reino de Cristo será manifesto apenas aos judeus, seja pela sua localização na “terra”, por sua constituição ou por suas instituições e práticas cerimoniais. Pelo contrário, esta presente era chegará a uma conclusão culminante com a chegada da fase final e eterna do reino do Messias. Nesta hora, todos os olhos, até mesmo daqueles que O traspassaram, verão o Rei em sua glória.[52] Todo joelho se dobrará, e toda língua confessará que Jesus Cristo é Senhor, para a glória de Deus Pai.[53] Os reinos deste mundo se tornarão o reino de nosso Senhor Jesus Cristo, e Ele reinará eternamente.[54]

À luz da grande expectativa profética do Novo Testamento, encorajamos nossos irmãos e irmãs evangélicas a retornar à proclamação da livre oferta da graça de Cristo no Evangelho para todo filho de Abraão, a orar pela paz entre israelitas e palestinos, e a prometer toda simpatia humanitária e apoio prático para aqueles, em ambos os lados, que estão sofrendo neste corrente circulo vicioso de atrocidade e desalojamento. Nós também convidamos aqueles educadores e pastores cristãos que compartilham de nossas convicções sobre o povo de Deus, sobre a terra de Israel, e sobre a imparcialidade do Evangelho, a unir seus nomes aos nossos como assinantes desta carta aberta.[55]

Advento
No Ano de nosso Senhor 2002
Soli Deo Gloria

Signatários que servem em ministérios educacionais (escolas, organizações pára-eclesiásticas, etc.):

R. Fowler White, Ph.D., Knox Theological Seminary, Ft. Lauderdale, FL
R. C. Sproul, Ph.D., Presidente, Ligonier Ministries, Orlando, FL; Professor Visitante, Knox Theological Seminary, Ft. Lauderdale, FL
Robert L. Reymond, Ph.D., Knox Theological Seminary, Ft. Lauderdale, FL
O. Palmer Robertson, Th.D., Knox Theological Seminary, Ft. Lauderdale, FL
E. Calvin Beisner, Ph.D., Knox Theological Seminary, Ft. Lauderdale, FL

Samuel P. Lamerson, Ph.D., Knox Theological Seminary, Ft. Lauderdale, FL
Lawrence C. Roff, D.Min., Knox Theological Seminary, Ft. Lauderdale, FL
Warren A. Gage, Ph.D., Knox Theological Seminary, Ft. Lauderdale, FL
Collins D. Weeber, Ph.D., Knox Theological Seminary, Ft. Lauderdale, FL
Ronald T. Kilpatrick, D.Min., Knox Theological Seminary, Ft. Lauderdale, FL
George W. Grant, Ph.D., King’s Meadow Study Center, Franklin, TN
Michael A. G. Haykin, Th.D., Toronto Baptist Theological Seminary, Canadá
David W. Hall, Ph.D., Diretor, The Kuyper Institute; Pastor Sênior, Midway Presbyterian Church, Powder Springs, GA
Alden C. Mayfield, M.A.R., Chung-Ang University, Seoul, Korea
Gary DeMar, M.Div., American Vision, Powder Springs, GA
Dominic A. Aquila, D.Min., New Geneva Theological Seminary, Colorado Springs, CO
Richard B. Gaffin, Jr., Th.D., Westminster Theological Seminary, Philadelphia, PA
Cornelius P. Venema, Ph.D., Mid-America Reformed Seminary, Dyer, IN
Michael S. Horton, Ph.D., Alliance of Confessing Evangelicals, Philadelphia, PA
C.W. Powell, Ph.D., New Geneva Theological Seminary, Colorado Springs, CO
James E. McGoldrick, Ph.D., Greenville Presbyterian Theological Seminary, Taylors, SC
Kenneth G. Talbot, Ph.D., Whitefield Theological Seminary, Lakeland, FL
Donald J. Musin, Ph.D., Whitefield Theological Seminary, Lakeland, FL
W. Gary Crampton, Th.D., Whitefield Theological Seminary, Lakeland, FL
Thomas Schirmacher, Ph.D., Martin Bucer Theological Seminary, Germany
D. Randall Talbot, Th.D., Whitefield Theological Seminary, Lakeland, FL
Leanne Van Dyk, Ph.D., Western Theological Seminary, Holland, MI
Mariano Avila, Ph.D., Calvin Theological Seminary, Grand Rapids, MI

Signatários que servem em ministérios pastorais (pastores, presbíteros, etc.):

Kenneth P. Wackes, D.Min., Coral Ridge Presbyterian Church, Ft. Lauderdale, FL
Ronald L. Siegenthaler, B.D., Coral Ridge Presbyterian Church Ft. Lauderdale, FL
Paul C. Hurst, M.Div., Coral Ridge Presbyterian Church, Ft. Lauderdale, FL
Robert D. Dillard, Jr., M.Div., Coral Ridge Presbyterian Church, Ft. Lauderdale, FL
Gregory J. Beaupied, M.Div., Coral Ridge Presbyterian Church, Ft. Lauderdale, FL
Gary L. W. Johnson, D.Th. (cand.), Church of the Redeemer, Mesa, AZ
Gary J. Griffith, M.A., Faith Reformed Presbyterian Church, Quarryville, PA
Robert N. Burridge, M.Div., Grace Presbyterian Church, Pinellas Park, FL
J. Ray Bobo, M.Div., Heidelberg Presbyterian Church, Heidelberg, MS
Craig R. Rowe, D.Min., Gallatin Valley Presbyterian Church, Bozeman, MT
K. Dale Linton, M.Div., Magee Presbyterian Church, Magee, MS
J. Michael Arnaud, M.Div., Arco Presbyterian Church, Arco, ID
Michael A. Milton, Ph.D., First Presbyterian Church, Chattanooga, TN
Kenneth A. Pierce, M.Div., Draper’s Valley Presbyterian Church, Draper, VA
Robert D. Byrne, M.Div., PCA Hospital Chaplain
J. Render Caines, D.Min., Covenant Presbyterian Church, Chattanooga, TN
Robert Benn Vincent, Sr., M.Div., Grace Presbyterian Church, Alexandria, LA
Ed Yurus, M.Div., 1-101 Aviation Regiment Chaplain, Fort Campbell, KY
Raymond P. Joseph, M.Div., Southfield Reformed Presbyterian Church, Southfield, MI
Peter Byron LaPointe, M.Div., Christ the King Presbyterian Church, Seminole, FL
William Mikler, Ph.D., St. Johns Abbey, Sanford, FL
W. Michael McCrocklin, D.Min., Christ the Redeemer Presbyterian Church, Cypress, TX
Stephen M. Clark, Ph.D., Wallace Presbyterian Church, Hyattsville, MD
Edward L. James, M.Div., Grace Christian Fellowship, Hancock, MD
Jeffrey Kingswood, M.Div., Grace Presbyterian Church, Woodstock, Ontario
E. Matthew Kingswood, M.Div., Russell Reformed Presbyterian Church, Russell, Ontario
Charles H. Roberts, D.Min., Ballston Center ARP Church, Ballston Spa, NY
Kevin Ramsey, Ruling Elder, Salem Presbyterian Church, Gaffney, SC
Arthur L. Fawthrop, B.D., Crown and Covenant Church, Owego, NY
William S. Smith, Th.D., aposentado, PCUSA
Dan Gibson, B.A., Covenant Community Reformed Church, Janesville, WI
Christian Adjemian, Ph.D., First Reformed Presbyterian Church, Cambridge, MA
Larry Pratt, presbítero, Harvester Presbyterian Church, Springfield, VA
James H. Chester, M.Div., Orthodox Zion Primitive Baptist Church, West Palm Beach, FL
G. I. Williamson, B.D., Orthodox Presbyterian Church, Sheldon, IA
LeRoy E. Miller, M.Div., Faith Orthodox Presbyterian Church, Lincoln, NE
Donald R. Miller, B.D., Emmanuel Reformed Presbyterian Church, Auburn, ME
Stephen D. Doe, M.Div., Bethel Reformed Presbyterian Church, Fredericksburg, VA
Thomas J. Pasquarello, presbítero, Grace Reformed Fellowship, Hagerstown, MD
G. C. Hammond, M.Div., Bethel Presbyterian Church, Leesburg, VA
Allen F. Gewecke, presbítero, Faith Orthodox Presbyterian Church, Lincoln, NE
David F. Coffin, Jr., Ph.D. cand., New Hope Presbyterian Church, Fairfax, VA
Shawn H. Keating, M.Div., Carrollton Presbyterian Church, Carrollton, MS
Scott Seidler, M.Div., Faith Presbyterian Church, Okeechobee, FL
John T. Stevenson, M.Div., St. Andrews Presbyterian Church, Hollywood, FL
Joseph Mooibroek, Ph.D., Independent Baptist Alliance, Boca Raton, FL
Hermes C. Fernandes, B.A., Order of Evangelical Ministers of Brazil
Patrick H. Morison, M.Div., aposentado, Orthodox Presbyterian Church, Kalispell, MT
Chris Delzio, presbítero, Harrison Presbyterian Church, Harrison, NY
Andrew H. Selle, D.Min., Christian Counseling & Mediation, Essex Junction, VT
Paul D. Frick, M.Div., Westminster Presbyterian Church, Valdosta, GA
Reed DePace, M.A.R., Reformed Presbyterian Church of Slate Lick, Kittanning, PA
Stephen Pribble, M.A., Grace Orthodox Presbyterian Church, Holt, MI
Stephen M. Van Roekel, M.Div., Lake Osborne Presbyterian Church, Lake Worth, FL
Tom Darnell, M.A., Grace Covenant Presbyterian Church, Williamsburg, VA
Robert Totty, Th.M., presbítero, Westminster Reformed Presbyterian Church, Suffolk, VA
David Fairchild, Kaleo Fellowship of Christ, San Diego, CA
Anthony Monaghan, M.Div., Providence Presbyterian Church, Charlottesville, VA



[1] Mt 5:13-16: Vós sois o sal da terra; e, se o sal for insípido, com que se há de salgar? Para nada mais presta, senão para se lançar fora e ser pisado pelos homens. Vós sois a luz do mundo; não se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte; nem se acende a candeia e se coloca debaixo do alqueire, mas, no velador, e dá luz a todos que estão na casa. Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem o vosso Pai, que está nos céus.

[2] Jo 14:27: Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo a dá. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize.

[3] Rm 6:23: Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus, nosso Senhor.

[4] Lc 3:8: Produzi, pois, frutos dignos de arrependimento e não comeceis a dizer em vós mesmos: Temos Abraão por pai, porque eu vos digo que até destas pedras pode Deus suscitar filhos a Abraão. Ef 2:8-9: Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isso não vem de vós; é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie.

[5] Rm 3:22-23: isto é, a justiça de Deus pela fé em Jesus Cristo para todos e sobre todos os que crêem; porque não há diferença. Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus,

[6] Rm 3:23: Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus,

[7] Rm 8:9-10: Pois quê? Somos nós mais excelentes? De maneira nenhuma! Pois já dantes demonstramos que, tanto judeus como gregos, todos estão debaixo do pecado, como está escrito: Não há um justo, nem um sequer.

[8] Ez 18:23,32: Desejaria eu, de qualquer maneira, a morte do ímpio? Diz o Senhor JEOVÁ; não desejo, antes, que se converta dos seus caminhos e viva? (...) Porque não tomo prazer na morte do que morre, diz o Senhor JEOVÁ; convertei-vos, pois, e vivei.

[9] Ex 34:7: que guarda a beneficência em milhares; que perdoa a iniqüidade, e a transgressão, e o pecado; que ao culpado não tem por inocente; que visita a iniqüidade dos pais sobre os filhos e sobre os filhos dos filhos até à terceira e quarta geração.

[10] At 4:12: E em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos.

[11] Jo 1:1,14: No princípio, era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. (...) E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do Unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade.

[12] 1Tm 1:15: Esta é uma palavra fiel e digna de toda aceitação: que Cristo Jesus veio ao mundo, para salvar os pecadores, dos quais eu sou o principal.

[13] Hb 9:11-12; 10:11-12: Mas, vindo Cristo, o sumo sacerdote dos bens futuros, por um maior e mais perfeito tabernáculo, não feito por mãos, isto é, não desta criação, nem por sangue de bodes e bezerros, mas por seu próprio sangue, entrou uma vez no santuário, havendo efetuado uma eterna redenção. (...) E assim todo sacerdote aparece cada dia, ministrando e oferecendo muitas vezes os mesmos sacrifícios, que nunca podem tirar pecados; mas este, havendo oferecido um único sacrifício pelos pecados, está assentado para sempre à destra de Deus,

[14] Jo 4:21,23: Disse-lhe Jesus: Mulher, crê-me que a hora vem em que nem neste monte nem em Jerusalém adorareis o Pai. Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade, porque o Pai procura a tais que assim o adorem.

[15] Rm 1:16: Porque não me envergonho do evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e também do grego. Jo 4:13-13: Mas a todos quantos o receberam deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus: aos que crêem no seu nome, os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do varão, mas de Deus.

[16] Gl 3:16: Ora, as promessas foram feitas a Abraão e à sua posteridade. Não diz: E às posteridades, como falando de muitas, mas como de uma só: E à tua posteridade, que é Cristo.

[17] Rm 4:13: Porque a promessa de que havia de ser herdeiro do mundo não foi feita pela lei a Abraão ou à sua posteridade, mas pela justiça da fé.

[18] Gl 3:7,26-29: Sabei, pois, que os que são da fé são filhos de Abraão. (...) Porque todos sois filhos de Deus pela fé em Cristo Jesus; porque todos quantos fostes batizados em Cristo já vos revestistes de Cristo. Nisto não há judeu nem grego; não há servo nem livre; não há macho nem fêmea; porque todos vós sois um em Cristo Jesus. E, se sois de Cristo, então, sois descendência de Abraão e herdeiros conforme a promessa.

[19] Gn 12:3: E abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; e em ti serão benditas todas as famílias da terra. Gl 3:7-8: Sabei, pois, que os que são da fé são filhos de Abraão. Ora, tendo a Escritura previsto que Deus havia de justificar pela fé os gentios, anunciou primeiro o evangelho a Abraão, dizendo: Todas as nações serão benditas em ti.

[20] Gl 3:22: Mas a Escritura encerrou tudo debaixo do pecado, para que a promessa pela fé em Jesus Cristo fosse dada aos crentes. Mt 21:43: Portanto, eu vos digo que o Reino de Deus vos será tirado e será dado a uma nação que dê os seus frutos.

[21] Rm 2:28-29: Porque não é judeu o que o é exteriormente, nem é circuncisão a que o é exteriormente na carne. Mas é judeu o que o é no interior, e circuncisão, a que é do coração, no espírito, não na letra, cujo louvor não provém dos homens, mas de Deus. Fp 3:3: Porque a circuncisão somos nós, que servimos a Deus no Espírito, e nos gloriamos em Jesus Cristo, e não confiamos na carne.

[22] At 7:38: Este [Moisés] é o que esteve entre a congregação no deserto, com o anjo que lhe falava no monte Sinai, e com nossos pais, o qual recebeu as palavras de vida para no-las dar.

[23] Gl 6:16: E, a todos quantos andarem conforme esta regra, paz e misericórdia sobre eles e sobre o Israel de Deus.

[24] Hb 13:14: Porque não temos aqui cidade permanente, mas buscamos a futura. Fp 3:20: Mas a nossa cidade está nos céus, donde também esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo, 2Pe 3:13: Mas nós, segundo a sua promessa, aguardamos novos céus e nova terra, em que habita a justiça. Ap 21:9-14: E veio um dos sete anjos que tinham as sete taças cheias das últimas sete pragas e falou comigo, dizendo: Vem, mostrar-te-ei a esposa, a mulher do Cordeiro. E levou-me em espírito a um grande e alto monte e mostrou-me a grande cidade, a santa Jerusalém, que de Deus descia do céu. E tinha a glória de Deus. A sua luz era semelhante a uma pedra preciosíssima, como a pedra de jaspe, como o cristal resplandecente. E tinha um grande e alto muro com doze portas, e, nas portas, doze anjos, e nomes escritos sobre elas, que são os nomes das doze tribos de Israel. Da banda do levante, tinha três portas; da banda do norte, três portas; da banda do sul, três portas; da banda do poente, três portas. E o muro da cidade tinha doze fundamentos e, neles, os nomes dos doze apóstolos do Cordeiro. Hb 11:39-40: E todos estes, tendo tido testemunho pela fé, não alcançaram a promessa, provendo Deus alguma coisa melhor a nosso respeito, para que eles, sem nós, não fossem aperfeiçoados.

[25] Hb 11:13-16: Todos estes morreram na fé, sem terem recebido as promessas, mas, vendo-as de longe, e crendo nelas, e abraçando-as, confessaram que eram estrangeiros e peregrinos na terra. Porque os que isso dizem claramente mostram que buscam uma pátria. E se, na verdade, se lembrassem daquela de onde haviam saído, teriam oportunidade de tornar. Mas, agora, desejam uma melhor, isto é, a celestial. Pelo que também Deus não se envergonha deles, de se chamar seu Deus, porque lhes preparou uma cidade. Hb 12:22-24: Mas chegastes ao monte Sião, e à cidade do Deus vivo, à Jerusalém celestial, e aos muitos milhares de anjos, à universal assembléia e igreja dos primogênitos, que estão inscritos nos céus, e a Deus, o Juiz de todos, e aos espíritos dos justos aperfeiçoados; e a Jesus, o Mediador de uma nova aliança, e ao sangue da aspersão, que fala melhor do que o de Abel.

[26] Jo 2:19-21: Jesus respondeu e disse-lhes: Derribai este templo, e em três dias o levantarei. Disseram, pois, os judeus: Em quarenta e seis anos, foi edificado este templo, e tu o levantarás em três dias? Mas ele falava do templo do seu corpo.

[27] Hb 8:1-6: Ora, a suma do que temos dito é que temos um sumo sacerdote tal, que está assentado nos céus à destra do trono da Majestade, ministro do santuário e do verdadeiro tabernáculo, o qual o Senhor fundou, e não o homem. Porque todo sumo sacerdote é constituído para oferecer dons e sacrifícios; pelo que era necessário que este também tivesse alguma coisa que oferecer. Ora, se ele estivesse na terra, nem tampouco sacerdote seria, havendo ainda sacerdotes que oferecem dons segundo a lei, os quais servem de exemplar e sombra das coisas celestiais, como Moisés divinamente foi avisado, estando para acabar o tabernáculo; porque foi dito: Olha, faze tudo conforme o modelo que, no monte, se te mostrou. Mas agora alcançou ele ministério tanto mais excelente, quanto é mediador de um melhor concerto, que está confirmado em melhores promessas.[Veja também 4:14-5:10; 6:13-10:18]

[28] Ef 2:19-22: Assim que já não sois estrangeiros, nem forasteiros, mas concidadãos dos Santos e da família de Deus; edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, de que Jesus Cristo é a principal pedra da esquina; no qual todo o edifício, bem ajustado, cresce para templo santo no Senhor, no qual também vós juntamente sois edificados para morada de Deus no Espírito. 1Pe 2:4-6: E, chegando-vos para ele, a pedra viva, reprovada, na verdade, pelos homens, mas para com Deus eleita e preciosa, vós também, como pedras vivas, sois edificados casa espiritual e sacerdócio santo, para oferecerdes sacrifícios espirituais, agradáveis a Deus, por Jesus Cristo. Pelo que também na Escritura se contém: Eis que ponho em Sião a pedra principal da esquina, eleita e preciosa; e quem nela crer não será confundido.

[29] Mt 16:18: Pois também eu te digo que tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela.

Hb 3:5-6: E, na verdade, Moisés foi fiel em toda a sua casa, como servo, para testemunho das coisas que se haviam de anunciar; mas Cristo, como Filho, sobre a sua própria casa; a qual casa somos nós, se tão-somente conservarmos firme a confiança e a glória da esperança até ao fim.

[30] 2Pe 2:10-13: mas principalmente aqueles que segundo a carne andam em concupiscências de imundícia e desprezam as dominações. Atrevidos, obstinados, não receiam blasfemar das autoridades; enquanto os anjos, sendo maiores em força e poder, não pronunciam contra eles juízo blasfemo diante do Senhor. Mas estes, como animais irracionais, que seguem a natureza, feitos para serem presos e mortos, blasfemando do que não entendem, perecerão na sua corrupção, recebendo o galardão da injustiça; pois que tais homens têm prazer nos deleites cotidianos; nódoas são eles e máculas, deleitando-se em seus enganos, quando se banqueteiam convosco;

[31] Gl 2:7-8: antes, pelo contrário, quando viram que o evangelho da incircuncisão me estava confiado, como a Pedro o da circuncisão (porque aquele que operou eficazmente em Pedro para o apostolado da circuncisão, esse operou também em mim com eficácia para com os gentios),

[32] Cf. At 1:6-7: Aqueles, pois, que se haviam reunido perguntaram-lhe, dizendo: Senhor, restaurarás tu neste tempo o reino a Israel? E disse-lhes: Não vos pertence saber os tempos ou as estações que o Pai estabeleceu pelo seu próprio poder.

[33] 2Pe 3:3: Mas nós, segundo a sua promessa, aguardamos novos céus e nova terra, em que habita a justiça.

[34] Js 21:43-45: Desta sorte, deu o SENHOR a Israel toda a terra que jurara dar a seus pais; e a possuíram e habitaram nela. E o SENHOR lhes deu repouso em redor, conforme tudo quanto jurara a seus pais; e nenhum de todos os seus inimigos ficou em pé diante deles; todos os seus inimigos o SENHOR deu na sua mão. Palavra alguma falhou de todas as boas palavras que o SENHOR falara à casa de Israel; tudo se cumpriu.

[35] Mt 24:1-2: E, quando Jesus ia saindo do templo, aproximaram-se dele os seus discípulos para lhe mostrarem a estrutura do templo. Jesus, porém, lhes disse: Não vedes tudo isto? Em verdade vos digo que não ficará aqui pedra sobre pedra que não seja derribada. [Veja também, Mc 13:1-2; Lc 21:20-24]

[36] Lc 21:24: E cairão a fio de espada e para todas as nações serão levados cativos; e Jerusalém será pisada pelos gentios, até que os tempos dos gentios se completem.

[37] Ex 20:11: Porque em seis dias fez o SENHOR os céus e a terra, o mar e tudo que neles e ao sétimo dia descansou; portanto, abençoou o SENHOR o dia do sábado e o santificou. Ef 2:3: Honra a teu pai e a tua mãe, que é o primeiro mandamento com promessa, para que te vá bem, e vivas muito tempo sobre a terra. Gn 12:1: Ora, o SENHOR disse a Abrão: Sai-te da tua terra, e da tua parentela, e da casa de teu pai, para a terra que eu te mostrarei. Rm 4:13: Porque a promessa de que havia de ser herdeiro do mundo não foi feita pela lei a Abraão ou à sua posteridade, mas pela justiça da fé. Sl 37:11: Mas os mansos herdarão a terra e se deleitarão na abundância de paz. Mt 5:5: bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra; Sl 2:7-8: Recitarei o decreto: O SENHOR me disse: Tu és meu Filho; eu hoje te gerei. Pede-me, e eu te darei as nações por herança e os confins da terra por tua possessão.

[38] At 2:29-32: Varões irmãos, seja-me lícito dizer-vos livremente acerca do patriarca Davi que ele morreu e foi sepultado, e entre nós está até hoje a sua sepultura. Sendo, pois, ele profeta e sabendo que Deus lhe havia prometido com juramento que do fruto de seus lombos, segundo a carne, levantaria o Cristo, para o assentar sobre o seu trono, nesta previsão, disse da ressurreição de Cristo, que a sua alma não foi deixada no Hades, nem a sua carne viu a corrupção. Deus ressuscitou a este Jesus, do que todos nós somos testemunhas.

[39] Dt 20:16-18: Porém, das cidades destas nações, que o SENHOR, teu Deus, te dá em herança, nenhuma coisa que tem fôlego deixarás com vida. Antes, destruí-las-ás totalmente: aos heteus, e aos amorreus, e aos cananeus, e aos ferezeus, e aos heveus, e aos jebuseus, como te ordenou o SENHOR, teu Deus, para que vos não ensinem a fazer conforme todas as suas abominações, que fizeram a seus deuses, e pequeis contra o SENHOR, vosso Deus. [veja também Lv 27:28-29]

[40] Mt 28:19: Portanto, ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo;

[41] Mt 26:52: Então, Jesus disse-lhe: Mete no seu lugar a tua espada, porque todos os que lançarem mão da espada à espada morrerão.

[42] Rm 3:2: Muita, em toda maneira, porque, primeiramente, as palavras de Deus lhe foram confiadas.

[43] Rm 9:3-4: Porque eu mesmo poderia desejar ser separado de Cristo, por amor de meus irmãos, que são meus parentes segundo a carne; que são israelitas, dos quais é a adoção de filhos, e a glória, e os concertos, e a lei, e o culto, e as promessas;

[44] Rm 9:5: dos quais são os pais, e dos quais é Cristo, segundo a carne, o qual é sobre todos, Deus bendito eternamente. Amém!

[45] Jo 4:22: Vós adorais o que não sabeis; nós adoramos o que sabemos porque a salvação vem dos judeus.

[46] Rm 3:1-4: Qual é, logo, a vantagem do judeu? Ou qual a utilidade da circuncisão? Muita, em toda maneira, porque, primeiramente, as palavras de Deus lhe foram confiadas. Pois quê? Se alguns foram incrédulos, a sua incredulidade aniquilará a fidelidade de Deus? De maneira nenhuma! Sempre seja Deus verdadeiro, e todo homem mentiroso, como está escrito: Para que sejas justificado em tuas palavras e venças quando fores julgado.

[47] Rm 11:1: Digo, pois: porventura, rejeitou Deus o seu povo? De modo nenhum! Porque também eu sou israelita, da descendência de Abraão, da tribo de Benjamim. [Leia todo Rm 11:2-10]

[48] Rm 9:1-3: Em Cristo digo a verdade, não minto (dando-me testemunho a minha consciência no Espírito Santo): tenho grande tristeza e contínua dor no meu coração. Porque eu mesmo poderia desejar ser separado de Cristo, por amor de meus irmãos, que são meus parentes segundo a carne;

[49] Rm 11:5: Assim, pois, também agora neste tempo ficou um resto, segundo a eleição da graça.

[50] Rm 9:6: Não que a palavra de Deus haja faltado, porque nem todos os que são de Israel são israelitas;

[51] Rm 11:11-18: Digo, pois: porventura, tropeçaram, para que caíssem? De modo nenhum! Mas, pela sua queda, veio a salvação aos gentios, para os incitar à emulação. E, se a sua queda é a riqueza do mundo, e a sua diminuição, a riqueza dos gentios, quanto mais a sua plenitude! Porque convosco falo, gentios, que, enquanto for apóstolo dos gentios, glorificarei o meu ministério; para ver se de alguma maneira posso incitar à emulação os da minha carne e salvar alguns deles. Porque, se a sua rejeição é a reconciliação do mundo, qual será a sua admissão, senão a vida dentre os mortos? E, se as primícias são santas, também a massa o é; se a raiz é santa, também os ramos o são. E se alguns dos ramos foram quebrados, e tu, sendo zambujeiro, foste enxertado em lugar deles e feito participante da raiz e da seiva da oliveira, não te glories contra os ramos; e, se contra eles te gloriares, não és tu que sustentas a raiz, mas a raiz a ti.

[52] Ap 1:7: Eis que vem com as nuvens, e todo olho o verá, até os mesmos que o traspassaram; e todas as tribos da terra se lamentarão sobre ele. Sim! Amém!

[53] Fp 2:9-11: Pelo que também Deus o exaltou soberanamente e lhe deu um nome que é sobre todo o nome, para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para glória de Deus Pai.

[54] Ap 11:15: tocou o sétimo anjo a trombeta, e houve no céu grandes vozes, que diziam: Os reinos do mundo vieram a ser de nosso Senhor e do seu Cristo, e ele reinará para todo o sempre.

[55] Aqueles que desejarem adicionar seus nomes como assinantes desta Carta Aberta podem fazer isso entrando em contato conosco através de carta para o Knox Theological Seminary, 5554 N. Federal Hwy., Ft. Lauderdale, FL, ou através de e-mail para DeanofFaculty@knoxseminary.org. Devido ao potencial de vários abusos, nomes serão adicionados como assinantes somente após recebimento de: 1) correspondência (carta ou e-mail) concedendo permissão para unir o nome indicado e a pertinente identificação para a Carta Aberta; e 2) um número de telefone para confirmação verbal. Para um maior estudo sobre a contribuição do Livro do Apocalipse na escatologia bíblica, veja o The John-Revelation Project, no Fórum da Faculdade nesta web site.


Traduzido do Inglês por Felipe Sabino de Araújo Neto. Revisado pelo Pb. Solano Portela. (Março de 2003).
Acessado, em 23/10/2003, no portal http://www.textosdareforma.net


domingo, 9 de setembro de 2007

Carta aberta sobre o infanticídio indígena no Brasil

Por Ronaldo Lidorio*

Estamos juntando forças para pensar e agir sobre um assunto por demais importante. Trata-se do infanticídio praticado em etnias indígenas brasileiras sem que seja dado à família ou povo condições de diálogo sobre o assunto, na busca por outras soluções para as questões culturais que motivam tais fatos.
A ONG ATINI (Voz pela Vida) tem se proposto a discutir o infanticídio com o indígena e colaborar para a superação deste tabu social. Os elementos culturais que motivam o ato são dos mais variados em distintas etnias. Entre os Yanomami seria a promoção do equilíbrio entre os sexos. Entre os Suruwahá a deficiência física. Entre os Kaiabi o nascimento de gêmeos (sendo que a primeira criança é preservada), e assim por diante. Este não é um assunto exclusivo de nosso país. Na África centenas de etnias praticam o infanticídio. Muitos Konkombas de Gana, motivados pela subsistência, alimentam apenas as crianças mais fortes. Os Bassaris do Togo sacrificam as crianças que nascem com deficiência. Os Chakalis da Costa do Marfim o fazem por privilegiar o sexo masculino. Na China há amplo aborto de bebês do sexo feminino, por preferirem os meninos. Em dezenas de países o Estado e a sociedade têm se voluntariado para refletir sobre o infanticídio e tratá-lo à luz dos Direitos Humanos Universais. No Brasil ainda temos uma caminhada pela frente.
A ONG ATINI tem também distribuído amplamente a cartilha "O Direito de Viver" em mais de 50 etnias indígenas, gerando assim o ambiente necessário para o indígena brasileiro refletir sobre as questões ligadas ao infanticídio e outros atos nocivos à vida, dignidade e sobrevivência. Saiba mais acessando o endereço www.vozpelavida.blogspot.com
A Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados, Brasília, promoverá uma audiência pública neste próximo dia 5 de setembro que discutirá o assunto como passo preparatório para a votação da lei Muwaji que regula e promove o diálogo construtivo pró-vida com os povos indígenas em nosso país. É o Projeto de lei 1057/2007 que aguarda parecer de aprovação no plenário. Fui convidado a participar do debate nesta data bem como em alguns outros ambientes acadêmicos e políticos nesses próximos 3 meses. Sinto que não podemos nos omitir.
A Declaração Universal dos Direitos Humanos aprovada pela ONU em 1948 promulga que “todas as pessoas nascem livres e iguais em dignidade e direitos” (Art. 1). Afirma também que “toda pessoa tem direito à vida, à liberdade e segurança pessoal” (Art. 3). Continua declarando que “todos são iguais perante a lei e têm o direito, sem qualquer distinção, a igual proteção da lei (...) contra qualquer discriminação que viole a presente Declaração e contra qualquer incitamento a tal discriminação” (Art.7). Saiba mais sobre a declaração acessando www.unhchr.ch/udhr/lang/por.htm
A disputa no mundo das idéias é travada com base em duas teorias opostas. O Relativismo (neste caso mais extremado, radical) e a Universalidade Ética. O Relativismo radical torna as culturas estáticas e estanques e as pretere de transformações autônomas, mesmo as desejadas e necessárias. O bem é o bem permitido na cultura, cultivado por ela. O mal é seu oposto. Este relativismo, praticado de forma radical, incapacita o indivíduo, qualquer indivíduo, de propor mudanças em sua própria cultura por entender a cultura como um sistema estático e imutável, um universo a parte, pressupondo que as presentes normas culturais são perfeitas em si. Nasce daí o purismo antropológico, que enxerga todo elemento cultural como relevante e absoluto, todo costume como funcional e toda prática como algo justificável, sem necessidade de avaliação ou contraste, mesmo pelo próprio povo.
A Universalidade Ética, por outro lado, pressupõe que os homens, povos e culturas fazem parte de uma sociedade maior que é a sociedade humana. E esta possui, em si, valores universais de moralidade como a dignidade, sobrevivência do grupo e busca pela continuidade da vida do indivíduo. Rouanet expõe que o homem não pode viver fora da cultura, mas ela não é seu destino, e sim um meio para sua liberdade. Levar a sério a cultura não significa sacralizá-la e sim permitir que a exigência de problematização inerente à comunicação que se dá na cultura se desenvolva até o seu descentramento. Este argumento nos leva a compreender que os conflitos são universais, como a morte, o sofrimento, a discriminação ou a repressão. Perante conflitos universais podemos compartilhar a mútua experimentação na busca de soluções internas. Ao conversar com um índio Tariano no Alto Rio Negro, depois de prolongada sessão de perguntas sobre o processo tradicional Tária de sepultamento, ele concluiu dizendo que “como vocês brancos devem também saber, não há morte sem dor”. A dor, universal, resultado de conflitos e mazelas também universais, pede soluções internas que devem ser compartilhadas em um diálogo construtivo.
Porém este não é um conflito puramente de idéias e teorias em um cenário antropológico. Lida com vidas, histórias e ambientes humanos.
Devemos reconhecer o direito de todo indivíduo de levantar-se contra os valores culturais experimentados pelo seu grupo e propor novas alternativas, especialmente nos casos em que há dano à vida, à dignidade ou à subsistência.
Devemos reconhecer que nenhuma cultura é estática ou isolada da sociedade humana. E que, pertencente a esta, partilha também os mesmos sonhos e conflitos. Que a ação dialógica, sob o manto da autonomia de cada povo, trás benefícios humanos que não estancam a vivência cultural pois práticas aceitas na atualidade remontam a decisões passadas, por critérios próprios ou adquiridos.
Devemos reconhecer que o Estado brasileiro deve tratar o infanticídio indígena de forma ativa, informando e dialogando com as sociedades indígenas em nosso país a respeito das alternativas para solução deste conflito interno, que isente a morte das crianças. Que garanta o direito de vida, criação e dignidade dos indivíduos, independente de seu segmento étnico.
Edson e Márcia Suzuki, etnolinguistas e missionários da JOCUM, colaboraram para a retirada de dois bebês da tribo Suruwahá em 2005 para tratamento apropriado em São Paulo, atendendo ao apelo dos pais. A retirada dos bebês os liberava do sacrifício por iniciativa da comunidade Suruwahá. Iganani, uma das crianças, chegou a ser deixada na mata para morrer mas foi resgatada pela mãe, por convencimento da avó. Tititu, a outra criança, quase foi flechada pelo pai que decidiu levá-la aos “brancos” a procura de ajuda. A mãe de Iganani chama-se Muwaji e explicitou seu desejo por ajuda. Desejava, a despeito da prática milenar comunitária de seu grupo, preservar a vida da sua filha. Os Suzukis, durante cerca de 20 anos vivendo entre os Suruwahá, contabilizam cerca de 28 casos de infanticídio no grupo. Este fato social, a preservação da vida por iniciativa indígena, de crianças que seriam sacrificadas na comunidade, abriu um precedente ético e comportamental entre os Suruawahá. É possível que percebam o que Pritchard chama de possibilidade de solução. Quando um povo, pela iniciativa de uma idéia ou ato, repensa suas soluções para o sofrimento e as adequa a práticas mais humanizadoras na cosmovisão do próprio grupo.
Envio em anexo o artigo “Não há morte sem dor - uma visão antropológica sobre a prática do infanticídio indígena no Brasil". Você pode também acessá-lo pelo site www.antropos.com.br - sessão Artigos Selecionados.
Minha sugestão é que você se interesse pelo assunto e ajude-nos nesta caminhada. Neste caso você pode:
1. Orar pela audiência pública no dia 5 de setembro e por diversas outras oportunidades de debate sobre o infanticídio. De forma especial pela aprovação da lei Muwaji.
2. Se inteirar do assunto e compartilhar sua relevância e urgência com formadores de opinião e políticos de nosso país.
3. Veicular o artigo que envio em anexo em sites, jornais e revistas. Trata de uma visão puramente antropológica do infanticídio indígena brasileiro e tem como objetivo divulgar as bases teóricas e morais para o repúdio a esta prática, valorizando o homem, a vida e as sociedades indígenas.
4. Enviar uma mensagem de apoio à aprovação da Lei Muwaji para a relatora Deputada Janete Rocha Pietá pelo e-mail dep.janeterochapieta@camara.gov.br
5. Se envolver com a ONG ATINI, com sede em Brasília, que no momento provê assistência aos sobreviventes de tentativas de infanticídio e luta com diversos desafios práticos no dia a dia. Acesse www.vozpelavida.blogspot.com
Que Deus nos guie e ajude.
Ronaldo Lidório
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* Bacharel em Teologia pelo SPN – Recife/PE. Doutor em Antropologia pela Royal London University. Membro da American Anthropological Association. Pastor presbiteriano e membro da APMT e Missão AMEM. Consultor e autor de projetos de direitos humanos e reorganização social pós guerra em Gana, África, entre 1995 a 1999.